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ALUNAS DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DA UAB-UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-PÓLO IRECÊ.

18 junho 2010

AÇÕES QUE DÃO SIGNIFICADO ÀS AULAS DE MATEMÁTICA


SIRLENE CARVALHO ROCHA FRANÇA

1.AÇÕES EDUCATIVAS QUE, SE INCORPORADAS ÀS AULAS DE MATEMÁTICA, DÃO SIGNIFICADO À APRENDIZAGEM DO ALUNO
Uma das ações educativa seria o uso de calculadoras e computadores. O uso destes instrumentos em sala de aula permite que o aluno se concentre mais nas estratégias de resolução de um problema, nas descobertas e nas relações entre os conceitos matemáticos. Além disto, favorece a criatividade, a auto-estima, facilita o registro, o arquivamento e a troca de informação.
Incorporaria também os jogos, por ser uma proposta que possibilita aos alunos o aprofundamento na compreensão de um conceito, na contextualização de resolução de um problema, em sua estruturação, na observação e construção de regras, na organização de um trabalho em grupo, no planejamento, execução e avaliação das ações.
Outra ação importante para dar significado às aulas de Matemática seria a História da Matemática, valioso recurso para se perceber como a teoria e a prática matemática foram criadas, dando oportunidade ao aluno para reconhecer que a Matemática surgiu da busca de solução para resolver questões do cotidiano, identificando sua utilização em cada momento histórico ao mesmo tempo em que desperta o interesse dos alunos por alguns fatos do passado.
Além destas ações, incorporaria as atividades em grupo pelo valor que representam ao possibilitar a interação durante as atividades, por meio da troca de idéias entre si, pela diversificação de referenciais de observação, pelo desenvolvimento da argumentação, da cooperação nos trabalhos e do exercício das relações sociais.
2. MODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO(TESTES, TESTES EM DUAS FASES, PORTFÓLIOS, ENSAIOS)
2.1Testes:
Apresentam-se geralmente na forma de provas escritas, individuais, sem consulta e com tempo limitado para resolução, sendo, na maioria das vezes, o único instrumento de avaliação. Fornecem aos alunos e professores apenas algumas informações sobre a aprendizagem, ou seja, não avaliam outros aspectos fundamentais do processo de ensino e aprendizagem. Por serem escritas, as provas não avaliam o desempenho oral do aluno, como por exemplo, a sua forma de participar numa discussão. Sendo individuais, não avaliam habilidades de interação com outros na busca da solução do problema em ações cooperativas. Se sem consulta, não permite detectar a capacidade do aluno na busca de informações que necessitar através da leitura. As provas com tempo limitado tiram a oportunidade de o aluno persistir, criar gosto pelo assunto, sentir-se envolvido na investigação prolongada.
De uma forma ou de outra, os testes são incondizentes com os propósitos dos PCNs, além de conduzir o aluno à memorização de fórmulas, regras, propriedades ou treinos de exercícios. Sozinhos, os testes são insuficientes como instrumentos de avaliação.
2.2 Testes em duas fases:
Este tipo de teste é feito em dois momentos distintos: um na sala, sem indicação do professor, e em outro momento, com mais tempo e com os comentários formulados pelo professor quando da avaliação das respostas iniciais (1º momento).
Contém em seus enunciados perguntas de interpretação ou pedindo justificativas, além de problemas de resolução breve, ou do tipo questões abertas e problemas requerendo algum tipo de investigação e respostas mais desenvolvidas.
A idéia é que o aluno, tendo resolvido as questões do tipo 1 comece a trabalhar as do tipo 2. Como houve a interferência do professor no sentido de corrigir e explicar mais, o aluno passa a corrigir a fase 1, e melhore as respostas apresentadas na fase 2.
O professor pode acompanhar o progresso do aluno nas duas fases. Porém, para ter sucesso, este instrumento de avaliação depende do cuidado na escolha das questões e das pistas fornecidas pelo professor em cada momento, lembrando que é preciso esclarecer ao aluno que a segunda fase não é um truque, uma forma de corrigir erros, mas um momento importante para ajudar no processo de aprendizagem.
Testes em duas fases permitem captar mais aspectos relevantes sobre a aprendizagem sem se perder o tipo de informação que é recolhido através das provas habituais. Favorecem a autonomia, gera oportunidades de aprendizagem a partir dos próprios erros, passando o aluno a ver as críticas e sugestões como elementos constituintes do processo de aprendizagem.
2.3 Relatórios e ensaios:
Trata-se de produções escritas realizadas pelos alunos sobre problemas, atividades de investigação ou projetos Associam-se a objetivos curriculares de aplicação de conhecimentos a situações novas e de desenvolvimento de algumas capacidades e atitudes.
Estão em sintonia com os preceitos dos PCNs no que se refere ao desenvolvimento de habilidades, competências, atitudes e valores, posto que os produtos gerados pelos alunos se constituam em fatores contínuos de aprendizagem e de avaliação. Como se trata de produções escritas é indiscutível o seu valor formativo, bem como sua contribuição no desenvolvimento da autonomia e na reflexão sobre a própria aprendizagem do aluno.
3Portfólios:
O portfólio pode ser entendido como um dossiê, pasta contendo os trabalhos mais significativos referentes a uma disciplina por um determinado período de estudo. Nele Inclui-se projetos, relatórios, resenhas, pesquisas realizadas individual ou coletivamente, testes, experiências realizadas, seminários, enfim, todas as produções significativas relativas ao ciclo de estudo.
Deverá sempre estar acompanhado dos comentários feitos pelo professor ou mesmo pelo aluno, das diferentes atividades realizadas. No portfólio é feita uma reflexão acerca dos aspectos cognitivos e afetivos. Num processo de interação, alunos e professores escolhem ou selecionam o material a ser incluído no portfólio.
Este instrumento de avaliação é importante porque contribui no desenvolvimento do senso de responsabilidade e no ato de refletir do aluno. Para o professor, contribui fornecendo uma visão mais abrangente do aluno em seu processo de aprendizagem, o qual pode avaliar continuadamente o aluno e conseqüentemente reorientá-lo no sentido de melhorar alguns aspectos observados, o que implica no replanejamento constante de suas ações docentes no sentido de melhorar a aprendizagem dos alunos.

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